segunda-feira, 26 de julho de 2010

A culpa é delas!


Muitas vezes ouvimos as pessoas falando que as famílias de hoje não são mais as mesmas e que, a depressão moral e de valores na qual nosso mundo está inserido demanda desta desestruturação familiar. Concordo que a maior parte da demanda de problemas sociais relacionados com a lei e a violência desenfreada que assola nossa sociedade é oriunda da quebra da unidade familiar. Mas quem está causando isso? Ouso responder que a culpa é da mulher! Antes que você pare de ler e exclua este blog dos teus favoritos vou explicar: nos últimos 50 anos, estamos assistindo a uma emancipação da mulher dos laços “protetores” e “dominantes” dos homens, bem como, uma ascensão intelectual fantástica da mulher e com isso sua inserção dominando o mundo dos negócios. Esta ânsia da mulher em ocupar o seu merecido espaço na sociedade, tem um custo social enorme que é a abdicação da educação dos filhos. Logo, eles estão sendo educado s pela televisão, babas, monitores e cuidadores sem os parâmetros de limites, ética e costumes morais. Não estou propondo aqui que as mulheres “abram mão” do sonho de serem pessoas de sucesso na vida profissional. Só acho que isso veio rápido demais, pois até poucos dias elas estavam educando filhos para serem extremamente machistas (leia a postagem: o que o machismo está produzindo) e os preparando para um mundo dominado por homens. Só que agora, ela está sentindo na pele o erro que cometeu: criar o macho sem prepará-lo para aceitá-la como bem sucedida. Com isso, ela acumulou a tarefa de educação dos filhos, chefe de família e ótima profissional e, embora consiga fazer muitas coisas ao mesmo tempo, o sucesso não está acontecendo em todos os campos. Portanto, se a mulher tivesse educado os filhos para aceitarem a ascensão da mulher, elas teriam preparado os ”machinhos” para aceitarem isso como uma verdade e prepararem-se para a educação e cuidado dos filhos, bem como todas as outras tarefas que eram exclusivas das mulheres. Por isso, quando digo que a culpa é delas, pondero sobre a não preparação do caminho delas para sua própria ascensão. Não obstante, ainda há tempo para salvar as próximas gerações. Não proponho a volta ao estado primitivo de cuidado do lar, mas sim da educação do adulto que compartilha o seu espaço, ensinando a este que a vida é compartilhada em todos os momentos e que a obrigação de um pai ou companheiro não é meramente pagar uma pensão ou suprir a casa, mas sim compartilhar tempo e sentimento para criarem melhores filhos para o mundo. NELSON DE MELLO

2 comentários:

  1. Concordo, em parte, com o seu pensamento em relação à culpa da mulher no mau preparo dos filhos. Agora, não acho que a culpa seja só dela, não podemos esquecer-nos do contexto social em volta da criança, e que serve como mediador na educação dela. Obviamente que este contexto é, inicialmente, o da família o qual está mais próximo e, portanto possui maior e mais imediata influência para a criança. Entendo família como o conjunto das pessoas próximas à criança, portanto, não somente a mãe. Devemos incluir o pai, os irmãos, enfim, todos que de alguma forma exercem influência à criança. Partindo de uma visão dialética, podemos afirmar que, ao passo em que a criança vai crescendo, se tornando crítica e consciente da sua possibilidade de fazer escolhas, (ou seja, de que não é obrigada a ficar “absorvendo“ idéias pré definidas, seguindo tradições familiares)e, na medida em que ela se percebe como fazendo parte de um contexto maior (e que cada vez será maior): entra na escola e depara-se com outras possibilidades de estabelecer relações, as quais irão influenciá-la a fazer escolhas assim como ela irá influenciar este meio. Mais tarde, entrará para uma faculdade onde ocorrerão trocas, e destas trocas ocorrerão sínteses para ambas as partes e assim sucessivamente. Acrescente-se a isso o fato de termos construído uma sociedade capitalista, que caminha cada vez mais para o individualismo, para o qual o machismo é “conveniente” a medida que este auxilia a “alimentar” as relações serializadas visto que a sua base é a opressão do outro. As relações serializadas ou série, por sua vez, produzem práticas entre os seres humanos baseadas em relações de objeto para objeto, perde-se então, a dimensão do humano. Sendo assim, pergunto: tem fundamento melhor para o sistema capitalista? Não é a toa, que ao falar que se acredita na bondade do ser humano hoje em dia cause espanto para alguns. É uma prova de que está se perdendo a dimensão do humano mesmo! Portanto, percebo a relação com a mãe como sendo um “grão de areia” em meio a um infinito de relações com as quais a criança está e estará exposta.
    Adorei dialogar mais uma vez contigo! Super beijo humano!

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  2. Ilda, sua explanação foi coerente com a psicologia (nao sei como voce entendera isso), no entanto tua argumentação é boa. Permita-me discutir contigo que todos os participantes do meio onde este ser crescerá, fazem parte do mesmo grupo que foi instruido a ser machista. E tambem, a mulher, quando independente, ajuda mais o capitalismo que o homem. Assim hoje as mulheres estao mais sozinhas.
    Obrigado pelas considerações. vamos continuara conversando

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